SANTA MISSA COM RITO DE DEDICAÇÃO DO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ
A
celebração da Missa está intimamente unida ao rito da dedicação de uma
igreja. Por isso, quando se dedica uma Igreja, sigam-se os textos
próprios, tanto da Liturgia da Palavra como da Liturgia eucarística,
omitindo os pertencentes à liturgia do dia.
Convém
que o Bispo presida a concelebração com aqueles que é confiado o
encargo de dirigir a paróquia ou comunidade, em favor da qual foi
dedicada a igreja.
Toda
igreja a ser dedicada deve ter um titular. Neste caso, Nossa Senhora de Nazaré.
RITOS INICIAIS
A entrada na igreja a ser dedicada se fará por um dos três modos seguintes. atendendo às circunstâncias de tempo e lugar.
Procissão
A
porta da igreja a ser dedicada estará fechada. Na hora marcada, o povo
se reúne em igreja próxima ou outro local apropriado, de onde sairá a
procissão. Preparem-se, no local onde o povo se reúne, as relíquias dos
Mártires ou dos Santos, se houver, para serem depositadas no altar.
O
Bispo e os Presbíteros concelebrantes, os diáconos e demais ministros,
paramentados, dirigem-se para o local onde o povo está reunido.
Saudação
Enquanto todos fazem o sinal da cruz, o Bispo, sem báculo, e tendo retirado a mitra, diz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
em seguida com estas palavras ou outras semelhantes, saúda o povo:
Pres.: A graça e a paz na santa Igreja de Deus estejam convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
Exortação introdutória
O Bispo fala ao povo com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Com
grande alegria estamos aqui reunidos, meus irmãos e minhas irmãs, com o
intuito de dedicar a nova igreja pela celebração do sacrifício do
Senhor. Participemos destes ritos sagrados com todo o fervor, ouvindo
com fé a palavra de Deus, para que a nossa comunidade, renascida da
mesma fonte batismal e alimentada na mesa comum, cresça e forme um
templo espiritual; e, reunida em torno do único altar, aumente o seu
divino amor.
Terminada
a exortação introdutória, o Bispo recebe a mitra e o báculo e inicia-se
a procissão para a nova igreja. Não se levam velas, a não ser as que
rodeiam as relíquias. Não se usa incenso na procissão, nem na Missa
antes do rito da incensação e iluminação do altar e da igreja. O
cruciferário vai à frente; seguem-se, primeiro, os ministros; em
seguida, os diáconos ou presbíteros com o relicário, ladeado por
ministros ou fiéis com tochas acesas; depois, os presbíteros
concelebrantes; finalmente, o Bispo entre dois diáconos; e, por fim, os
fiéis.
Ao se começar a procissão, canta-se a seguinte antífona, com o com o salmo 121(122) ou outro canto apropriado:
℟.: Alegres iremos à casa de Deus.
Salmo 121(122)
Que alegria, quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso;
para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.
Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor.
A sede da justiça lá está e o trono de Davi.
Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam!
Que a paz habite dentro de teus muros, tranquilidade em teus palácios!
Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!”
Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!
No limiar da igreja, todos param. Os delegados daqueles que se dedicaram à construção da igreja (fiéis
da paróquia ou da diocese, benfeitores, arquitetos, operários) entregam
o edifício ao Bispo: oferecem-lhe, conforme as circunstâncias, um
instrumento jurídico do edifício, ou as chaves, ou uma maquete da
igreja, ou um livro contendo o desenrolar da obra e os nomes dos que a
dirigiram e dos operários. Um dos delegados dirige breves palavras ao
Bispo e à comunidade, realçando algo do que a nova igreja quer exprimir
pela arte e forma peculiar. Em seguida, o Bispo ordena ao presbítero, a
quem compete o múnus pastoral da igreja, que abra a porta.
Aberta a porta, o Bispo convida o povo a entrar, com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Entrai pelas portas do Senhor, dando graças, e nos seus átrios com hinos de louvor.
Com o cruciferário à frente, o Bispo e todos entram na igreja. Enquanto entra a procissão, canta-se a antífona com o salmo 23(24), ou outro canto apropriado:
℟.: Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas!
Salmo 23(24)
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares,
e sobre as águas a mantém inabalável.
“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
“Quem tem mãos puras e inocente coração,
quem não dirige sua mente para o crime,
nem jura falso para o dano de seu próximo.
Sobre este desce a bênção do Senhor
e a recompensa de seu Deus e Salvador”.
“É assim a geração dos que o procuram,
e do Deus de Israel buscam a face”.
“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”
Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?”
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente,
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”
“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”
Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?”
“O Rei da glória é o Senhor onipotente,
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo!”
O
Bispo dirige-se para sua cadeira sem beijar o altar; os concelebrantes,
diáconos e outros ministros vão para o lugar marcado no presbitério.
Coloca-se o relicário em lugar conveniente no presbitério, entre tochas.
Bênção da água e aspersão
O Bispo benze a água, com que aspergirá o povo, em sinal de
penitência e em lembrança do batismo, as paredes e o altar da nova
Igreja para purificá-los. Ministros
levam ao Bispo que está de pé, diante da cadeira, a caldeirinha com
água. O Bispo convida todos à oração, com estas palavras ou outras
semelhantes:
Pres.: Estamos
aqui, meus irmãos, para dedicar solenemente este templo. Peçamos com
fervor ao Senhor nosso Deus que faça descer sua bênção sobre esta água,
criatura sua. Com ela nos aspergiremos em sinal de penitência e em
memória do batismo, e purificaremos as paredes da nova igreja e o novo
altar. Venha também a nós o Senhor com sua graça e nos faça dóceis ao
Espírito que recebemos e sempre fiéis em sua Igreja.
Todos rezam em silêncio por algum tempo. Em seguida o Bispo prossegue:
Ó
Deus, por vós todas as criaturas chegam à luz da vida; mostrais tanto
amor pelo ser humano que, não apenas os sustentais com paterna
solicitude, mas ainda apagais seus pecados com o orvalho da caridade, e,
incansavelmente, os reconduzis a Cristo, sua Cabeça. Por desígnio de
misericórdia decidistes que os pecadores, mergulhados na fonte sagrada e
mortos com Cristo, ressurgissem purificados de toda culpa, se tornassem
seus membros e co-herdeiros dos bens eternos. Por vossa bênção, +
santificai esta água, vossa criatura. Aspergida sobre nós e as paredes
deste templo, seja lembrança de nosso batismo, pelo qual, lavados em
Cristo, nos tornamos templo do vosso Espírito. Concedei-nos a nós e a
todos os irmãos e irmãs que nesta igreja celebrarem os divinos
mistérios, chegar à Jerusalém celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
O
Bispo, acompanhado pelos diáconos, asperge o povo e as paredes,
percorrendo toda a igreja, e, de volta ao presbitério, asperge o altar. Enquanto isso, canta-se a seguinte antífona ou outro canto apropriado:
℟.: Vi água saindo à direito do templo.
Aleluia, aleluia.
E todos os quais esta água chegou foram salvos e cantam:
Aleluia, aleluia.
Depois da aspersão do altar, o Bispo volta à cadeira e, terminado o canto, reza, de pé, com as mãos juntas:
Pres.: Deus,
o Pai das misericórdias, esteja presente nesta casa de oração, e a
graça do Espírito Santo purifique o templo de sua morada que somos nós.
℟.: Amém.
Hino de Glória
Diz-se então o hino Glória a Deus nas alturas.
Coleta
Pres.: Oremos.
Onipotente
e eterno Deus, inundai este lugar com a vossa graça e, a todos que vos
invocam, concedei o dom do vosso auxílio; aqui, o poder da vossa palavra
e dos sacramentos confirme os corações de todos os fiéis. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina,
na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
Convém
celebrar a proclamação da Palavra de Deus do seguinte modo: Dois
leitores, um deles trazendo o Lecionário da Missa, e o salmista
aproximam-se do Bispo.
O Bispo, de pé com mitra, recebe o Lecionário, mostra-o ao povo e diz:
Pres.: A palavra de Deus ressoe sempre neste templo; que ela vos revele o mistério de Cristo e opere na Igreja a vossa salvação.
℟.: Amém.
O Bispo entrega o Lecionário ao primeiro leitor.
Os leitores e o salmista dirigem-se ao ambão, levando o Lecionário sob as vistas de todos.
Primeira Leitura
Ne 8,2-4a.5-6.8-10
Leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido.
Leitor: Leitura do Livro de Neemias.
Naqueles
dias, o sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembleia de
homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o
primeiro dia do sétimo mês. Assim, na praça que fica defronte da porta
das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até ao
meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram
capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do
livro da Lei. Esdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de
madeira, erguido para esse fim. Estando num lugar mais alto, ele abriu o
livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de
pé. Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu,
levantando as mãos: “Amém! Amém!” Depois inclinaram-se e prostraram-se
diante do Senhor, com o rosto em terra. E leram clara e distintamente o
livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse
compreender a leitura. O governador Neemias e Esdras, sacerdote e
escriba, e os levitas, que instruíam o povo, disseram a todos: “Este é
um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem
choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. E
Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai
bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é
santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do
Senhor será a vossa força”.
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus.
Salmo Responsorial
Sl 18(19)B, 8-9.10.15
— Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!
— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
— Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!
Segunda Leitura
1 Pd 2, 4-9
Como pedras vivas, formai um edifício espiritual.
Leitor: Leitura da Primeira Carta de São Pedro.
Caríssimos,
aproximai-vos do Senhor, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas
escolhida e honrosa aos olhos de Deus. Do mesmo modo, também vós, como
pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim
de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus
Cristo. Com efeito, nas Escrituras se lê: “Eis que ponho em Sião uma
pedra angular, escolhida e magnífica; quem nela confiar não será
confundido”. A vós, portanto, que tendes fé, cabe a honra. Mas para os
que não creem, “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra
angular, pedra de tropeço e rocha que faz cair”. Nela tropeçam os que
não acolhem a Palavra; esse é o destino deles. Mas vós sois a raça
escolhida, o sacerdócio do reino, a nação santa, o povo que ele
conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das
trevas para a sua luz maravilhosa.
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus.
Ao Evangelho não se levam velas nem incenso.
Aclamação ao Evangelho
2 Cr 7, 16
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Esta casa eu escolhi e santifiquei, para nela estar meu nome para sempre. R.
Ao Evangelho não se levam velas nem incenso.
O
diácono, que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se profundamente
diante do bispo, pede a bênção em voz baixa:
℣.: Dá-me a tua bênção.
O bispo diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.
℣.: Dá-me a tua bênção.
O bispo diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.
Evangelho
Mt 16, 13-18
Sobre esta pedra construirei a minha Igreja.
Diácono: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +, segundo Mateus.
Todos: Glória a vós, Senhor.
Naquele
tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos
seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles
responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias;
outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes
perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu
és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse:
“Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te
revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu
és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do
inferno nunca poderá vencê-la”.
Diácono: Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor.
Depois leva o livro ao bispo, que beija-o, dizendo em silêncio:
Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.
Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.
Homilia
Depois do Evangelho, o Bispo faz a homilia, explicando tanto as leituras bíblicas como o sentido do rito da dedicação.
Profissão de fé
Terminada a homilia, diz-se o Creio. Mas omite-se a Oração dos fiéis, porque em seu lugar se canta a Ladainha dos Santos.
Ladainha de Todos os Santos
Sem mitra, o Bispo convida o povo à oração com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Meus
irmãos e minhas irmãs, oremos a Deus Pai todo-poderoso, que dos
corações dos fiéis faz templos espirituais para si, e venha a súplica
fraterna dos Santos unir-se às nossas vozes.
Todos permanecem de joelhos, na posição em que estão. Neste caso, o Diácono ou o próprio Bispo diz:
℣.: Ajoelhemo-nos.
E todos se ajoelham.
Canta-se a ladainha.
Terminada a ladainha, só o Bispo, de pé, com as mãos estendidas diz:
Pres.: Aceitai,
Senhor, com bondade, as nossas preces, pela intercessão da Santa Virgem
Maria e de todos os vossos Santos, para que este lugar, que vai ser
dedicado ao vosso nome, se torne casa de salvação e de graças, onde o
povo cristão, reunido na unidade, vos adore em espírito e verdade, e se
edifique no amor. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
Estando ajoelhados, o diácono ou o bispo diz:
℣.: Levantai-vos.
E todos se levantam.
Se não houver deposição de relíquias dos Santos, o Bispo diz imediatamente a prece de dedicação.
Deposição das relíquias
Em
seguida, se houver relíquias de Mártires ou de outros Santos para se
depositarem sob o altar, o Bispo dirige-se ao altar. Um diácono ou
presbítero leva as relíquias ao Bispo, que as coloca no nicho já
preparado de antemão.
Enquanto isso, canta-se a seguinte antífona ou outro canto apropriado:
℟.: Ó Santos de Deus, sob o altar do Senhor,
recebestes um trono: Rogai ao Senhor
Jesus Cristo, por nós.
Enquanto isso, o pedreiro fecha o nicho e o Bispo volta à sua cadeira.
Prece de dedicação
Em seguida, o Bispo, de pé, sem mitra, diante da cadeira ou junto do altar, de mãos estendidas, diz em voz alta ou canta:
Pres.: Deus,
Santificador e Guia da vossa Igreja, com festivo precônio é-nos grato
celebrar o vosso nome, porque, hoje, o povo fiel com rito solene deseja
consagrar-vos para sempre esta casa de oração, onde vos honra com amor,
intrui-se pela palavra e se alimenta com os sacramentos. Este edifício
faz vislumbrar o mistério da Igreja, que Cristo santificou com seu
sangue, para apresentá-la a si mesmo qual Esposa gloriosa, Virgem
deslumbrante pela integridade da fé, Mãe fecunda pela virtude do
Espírito. Igreja santa, vinha eleita do Senhor, cujos ramos cobrem o
mundo inteiro! Os seus sarmentos, sustentados pelo lenho, ela os eleva
até o Reino dos céus. Igreja feliz, tabernáculo de Deus com o ser
humano, templo santo, que se constrói com pedras vivas, firme sobre o
fundamento dos Apóstolos, com Cristo Jesus, sua grande pedra angular.
Igreja sublime, Cidade construída no cimo do monte, visível a todos, a
todos radiosa, onde refulge perene a lâmpada do Cordeiro, e, delicioso,
ressoa o cântico dos eleitos. Suplicantes, pois, nós vos rogamos,
Senhor: dignai-vos inundar esta Igreja e este altar com santidade
celeste; que sejam sempre lugar santo e mesa perenemente preparada para o
sacrifício de Cristo. Aqui, as ondas da graça divina sepultem os
delitos, para que vossos filhos e filhas, ó Pai, mortos para o pecado,
renasçam para a vida eterna. Aqui, ao redor da mesa do altar, celebrem
vossos fiéis o Memorial da Páscoa e se alimentem no banquete da Palavra e
do Corpo de Cristo. Aqui, como jubilosa oblação de louvor, ressoe a voz
do gênero humano unida aos coros dos anjos e suba até vós a prece
incessante pela salvação do mundo. Aqui, os pobres encontrem
misericórdia, os oprimidos alcancem a verdadeira liberdade e todos
sintam a dignidade de ser vossos filhos e filhas, até que, exultantes,
cheguem à Jerusalém celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.
Unção do altar e das paredes da igreja
Em
seguida, o Bispo, tendo tirado, se for necessário, a casula, e
cingindo-se com um gremial de linho, dirige-se ao altar com os diáconos e
outros ministros; um destes leva o recipiente do crisma. Unge então o
altar e as paredes da igreja.
Se
o Bispo, na unção das paredes da igreja, quiser associar a si alguns
sacerdotes, que concelebram com ele, tendo terminado a unção do altar,
entrega-lhes recipientes do santo crisma e junto com eles começa as
unções.
O
Bispo também poderá delegar a presbíteros a função de ungir as paredes;
neste caso, depois da unção do altar, entrega-lhes os recipientes do
santo crisma.
O Bispo, de pé diante do altar, diz em voz alta:
Pres.: O
Senhor santifique com sua força este altar e esta casa que vamos ungir,
para que expressem, por um sinal visível, o mistério de Cristo e da
Igreja.
A
seguir, derrama o santo Crisma no meio do altar e em seus quatro
ângulos, e é louvável que unja também com ele toda a mesa do altar.
Enquanto isso, canta-se.
A
seguir, derrama o santo Crisma no meio do altar e em seus quatro
cantos; poderá, o que é muito recomendável, ungir a mesa inteira.
Depois
unge as paredes da igreja, assinalando com o santo Crisma as doze ou
quatro cruzes, devidamente colocadas, auxiliado, se convier, por dois ou
quatro presbíteros.
Mas,
se confiar a presbítero a unção das paredes, estes, logo que o Bispo
terminar de ungir o altar, comecem a ungir as paredes, assinalando as
cruzes com o santo Crisma.
Enquanto isso, canta-se a seguinte antífona ou outro canto apropriado:
℟.: É santo o templo de Deus, o Senhor;
edifício de Deus, construção do Senhor.
Salmo 83(84)
Quão amável, ó Senhor, é vossa casa,
quanto a amo, Senhor Deus do universo!
Minha alma desfalece de saudades
e anseia pelos átrios do Senhor!
Meu coração e minha carne rejubilam
e exultam de alegria no Deus vivo!
Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa,
e a andorinha ali prepara o seu ninho,
para nele seus filhotes colocar:
vossos altares, ó Senhor Deus do universo!
vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!
Felizes os que habitam vossa casa;
para sempre haverão de vos louvar!
Felizes os que em vós têm sua força,
e se decidem a partir quais peregrinos!
Quando passam pelo vale da aridez,
o transformam numa fonte borbulhante,
pois a chuva o vestirá com suas bênçãos.
Caminharão com um ardor sempre crescente
e hão de ver o Deus dos deuses em Sião.
Deus do universo, escutai minha oração!
Inclinai, Deus de Jacó, o vosso ouvido!
Olhai, ó Deus, que sois a nossa proteção,
vede a face do eleito, vosso Ungido!
Na verdade, um só dia em vosso templo
vale mais do que milhares fora dele!
Prefiro estar no limiar de vossa casa,
a hospedar-me na mansão dos pecadores!
O Senhor Deus é como um sol, é um escudo,
e largamente distribui a graça e a glória.
O Senhor nunca recusa bem algum
àqueles que caminham na justiça.
Ó Senhor, Deus poderoso do universo,
feliz quem põe em vós sua esperança!
Terminada
a unção do altar e das paredes, o Bispo volta para a cadeira e senta;
os acólitos levam-lhe o necessário para lavar as mãos. Em seguida, tira o
gremial e veste a casula. Os presbíteros, depois da unção das paredes,
também lavas as mãos.
Incensação do altar e da igreja
Depois
do rito da unção, coloca-se sobre o altar um fogareiro para queimar o
incenso ou os perfumes. Se se preferir, coloca-se um punhado de incenso
misturado com velas sobre o altar. O Bispo coloca incenso no fogareiro
ou recebe de um ministro uma pequena vela, com a qual acende o incenso,
dizendo:
Pres.: Suba
nossa oração, Senhor, qual incenso diante de vossa face. Assim como
esta casa suavemente perfumada, também a vossa Igreja faça sentir a
fragrância de Cristo.
O
Bispo coloca incenso no turíbulo e incensa o altar. Depois volta à
cadeira, é incensado e senta. Os acólitos, passando por todo o espaço da
igreja, incensam o povo e as paredes.
Enquanto isso, canta-se a seguinte antífona ou outro canto apropriado:
℟.: A fumaça do incenso, da mão do anjo subiu
à presença de Deus.
Salmo 137(138)
Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
e ante o vosso templo vou prostrar-me.
Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes
e aumentastes o vigor da minha alma.
Os reis de toda a terra hão de louvar-vos,
quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa.
Hão de cantar vossos caminhos e dirão:
“Como a glória do Senhor é grandiosa!”
Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres,
e de longe reconhece os orgulhosos.
Se no meio da desgraça eu caminhar,
vós me fazeis tornar à vida novamente;
quando os meus perseguidores me atacarem
e com ira investirem contra mim,
estendereis o vosso braço em meu auxílio
e havereis de me salvar com vossa destra.
Completai em mim a obra começada;
ó Senhor, vossa bondade é para sempre!
Eu vos peço: não deixeis inacabada
esta obra que fizeram vossas mãos!
Iluminação do altar e da igreja
Terminada
a incensação, alguns ministros enxugam a mesa do altar com panos e, se
necessário, estendem sobre ele um tecido impermeável; depois o cobram
com a toalha e, se for oportuno, o adornam com flores; colocam os
castiçais com velas para a celebração da Missa, e a cruz, se
necessário.
Depois, o Diácono aproxima-se do Bispo que, de pé, entrega-lhe um pequena vela acesa, dizendo em voz alta:
Pres.: A luz de Cristo resplandeça na Igreja e conduza os povos à plenitude da verdade.
Em seguida, o Bispo senta. O Diácono vai ao altar e acenda as velas para a celebração da Eucaristia.
Haja,
então, uma iluminação festiva: todas as velas, as tochas colocadas no
lugar das unções e as outras lâmpadas da igreja são acesas em sinal de
alegria. Enquanto isso, canta-se a seguinte antífona ou outro canto apropriado, especialmente em honra de
Cristo, luz do mundo:
℟.: Despontou a tua luz, Jerusalém,
e a glória do Senhor te iluminou!
Os povos andarão na tua luz, aleluia.
Cântico de Tobias
(Tb 13,8-9a e 10bc.11abc.11def e 13)
Dai graças ao Senhor, vós todos, seus eleitos,
celebrai dias de festa e rendei-lhe homenagem.
Jerusalém, cidade santa, dá louvor ao teu Senhor,
para que ele, novamente, arme em ti, a sua tenda.
Resplenderás, qual luz brilhante, até os extremos desta terra;
virão sobre ti nações de longe, dos lugares mais distantes,
invocando o santo nome, trazendo dons ao Rei do céu.
Em ti se alegrarão as gerações das gerações
e o nome da Eleita durará por todo o sempre.
Então, te alegrarás pelos filhos dos teus justos,
todos unidos, bendizendo ao Senhor, o Rei eterno.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Os
diáconos e ministros preparam o altar, como de costume. Em seguida,
alguns fiéis levam no pão, vinho e água para a celebração do sacrifício
do Senhor. O Bispo, sentado, recebe os dons. Enquanto estes são levados,
pode-se cantar a antífona seguinte ou outro canto apropriado:
℟.: Na simplicidade do meu coração,
alegre vos dei tudo aquilo que tenho;
e com muita alegria eu vi vosso povo
aqui reunido. Ó Deus de Israel,
guardai neste povo esta boa vontade.
Tudo
preparado, o Bispo dirige-se ao altar e, tendo retirado a mitra,
beija-o. Não se incensam as
oferendas nem o altar.
O
sacerdote, de pé junto ao altar, recebe a patena com o pão em suas mãos
e, levantando-a um pouco sobre o altar, diz em silêncio:
Pres.: Bendito
sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa
bondade, fruto da terra e do trabalho humano, que agora vos
apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.
Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal.
Se o canto da preparação das oferendas não continuar, o sacerdote poderá recitar em voz alta as palavras acima, e o povo acrescentar a aclamação:
℟.: Bendito seja Deus para sempre!
Se o canto da preparação das oferendas não continuar, o sacerdote poderá recitar em voz alta as palavras acima, e o povo acrescentar a aclamação:
℟.: Bendito seja Deus para sempre!
O diácono ou o sacerdote coloca vinho e um pouco d'água no cálice, rezando em silêncio:
℣.: Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.
Em seguida, o sacerdote recebe o cálice em suas mãos e, elevando-o um pouco sobre o altar, diz em silêncio:
Pres.: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar vinho da salvação.
Coloca o cálice sobre o corporal.
Se o canto da preparação das oferendas não continuar, o sacerdote poderá recitar em voz alta as palavras acima, e o povo acrescentar a aclamação:
℟.: Bendito seja Deus para sempre!
Em seguida o sacerdote, profundamente inclinado, reza em silêncio:
Pres.: De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus.
E, se for oportuno, incensa as oferendas, a cruz e o altar. Depois, o diácono ou outro ministro incensa o sacerdote e o povo.
Em seguida, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio:
Pres.: Lavai-me, Senhor, de minhas faltas e purificai-me do meu pecado.
Sobre as oferendas
Estando, depois, no meio do altar e voltado para o povo, o sacerdote estende e une as mãos e diz:
Pres.: Orai,
irmãos e irmãs, para que, trazendo ao altar as alegrias e fadigas de
cada dia, nos disponhamos a oferecer um sacrifício aceito por Deus Pai
todo-poderoso.
℟.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.
℟.: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja.
Pres.: Aceitai,
Senhor, os dons da Igreja em festa, para que o vosso povo, reunido
nesta casa santa, alcance por estes mistérios a salvação eterna. Por
Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
Reza-se a Oração Eucarística I ou III, com o seguinte Prefácio, que é parte do rito da dedicação de uma igreja.
Prefácio
(O Sacerdócio de Cristo e o Ministério dos Sacerdotes)
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Criastes o mundo inteiro como templo da vossa glória, para que vosso nome fosse glorificado por toda parte; mas não recusais que vos sejam dedicados lugares apropriados para a celebração dos divinos mistérios. Por isso, cheios de júbilo, dedicamos à vossa divina majestade esta casa de oração, edificada pelo trabalho humano. Aqui se vislumbra o mistério do verdadeiro Templo e se prefigura a imagem da Jerusalém celeste. Pois fizestes do corpo do vosso Filho, nascido da santa Virgem, um templo a vós consagrado, para nele habitar a plenitude da divindade. Vós constituístes a santa Igreja qual cidade erguida sobre o fundamento dos Apóstolos, tendo o próprio Cristo Jesus como pedra angular. Ela deve ser construída com pedras escolhidas, vivificadas pelo Espírito e cimentadas pela caridade, onde sereis tudo em todos pelos séculos infinitos, e a luz do Cristo brilhará para sempre. Por ele, Senhor, com todos os anjos e santos, jubilosos, vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas!
Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
Oração Eucarística III
O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Na
verdade, vós sois Santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes
proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor
nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as
coisas e não cessais de reunir para vós um povo que vos ofereça em toda
parte, do nascer ao pôr do sol, um sacrifício perfeito.
Une as mãos e, estendendo-as sobre as oferendas, diz:
Pres.: Por isso, ó Pai, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo, sobre o pão e o cálice, dizendo:
a fim de que se tornem o Corpo + e o Sangue de vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
une as mãos
que nos mandou celebrar estes mistérios.
A assembleia aclama:
℟.: Enviai o vosso Espírito Santo!
O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Pres.: Na noite em que ia ser entregue,
toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção de ação de graças, partiu e o deu a seus discípulos.
Mostra o pão ao povo, coloca-o sobre a patena e genuflete em adoração.
Então prossegue:
Pres.: Do mesmo modo, no fim da ceia,
toma o cálice nas mãos e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos, pronunciou a bênção de ação de graças, e o deu a seus discípulos, dizendo.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.
Em seguida, diz:
Pres.: Mistério da fé e do amor!
A assembleia aclama:
℟.: Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda!
O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres.: Celebrando
agora, ó Pai, o memorial da paixão redentora do vosso Filho, da sua
gloriosa ressurreição e ascensão ao céu, e enquanto esperamos sua nova
vinda, nós vos oferecemos em ação de graças este sacrifício vivo e
santo.
A assembleia aclama:
℟.: Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!
Pres.: Olhai
com bondade a oblação da vossa Igreja e reconhecei nela o sacrifício
que nos reconciliou convosco; concedei que, alimentando-nos com o Corpo e
o Sangue do vosso Filho, repletos do Espírito Santo, nos tornemos em
Cristo um só corpo e um só espírito.
A assembleia aclama:
℟.: O Espírito nos una num só corpo!
1C: Que
o mesmo Espírito faça de nós uma eterna oferenda para alcançarmos a
herança com os vossos eleitos: a santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus,
São José, seu esposo, os vossos santos Apóstolos e gloriosos Mártires, e todos os Santos, que não cessam de interceder por nós na vossa presença.
A assembleia aclama:
℟.: Fazei de nós uma perfeita oferenda!
2C: Nós
vos suplicamos, Senhor, que este sacrifício da nossa reconciliação
estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na fé e na
caridade a vossa Igreja que caminha neste mundo com o vosso servo o
Papa Clemente, o nosso Bispo Antônio e seus auxiliares, com os bispos do mundo inteiro, os presbíteros e diáconos, os outros ministros e o povo por vós redimido. Atendei propício às preces desta família, que vos dedica esta igreja: seja para ela casa de salvação e santuário dos sacramentos celestes; ressoe aqui o Evangelho da paz e celebrem-se os divinos mistérios, pelos quais os vossos fiéis, instruídos pela palavra da vida e fortalecidos pela graça divina, peregrinando pela cidade terrena, mereçam chegar à eterna Jerusalém, onde vós, Pai de misericórdia, reunireis todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro.
A assembleia aclama:
℟.: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
3C: Acolhei
com bondade no vosso reino os nossos irmãos e irmãs que partiram desta
vida e todos os que morreram na vossa amizade. Unidos a eles, esperamos
também nós saciar-nos eternamente da vossa glória,
une as mãos
por Cristo, Senhor nosso. Por ele dais ao mundo todo bem e toda graça.
Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:
Pres.: Por
Cristo, com Cristo, e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na
unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, por todos os
séculos dos séculos.
A assembleia aclama:
℟.: Amém.
Rito da Comunhão
Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz, de mãos unidas:
Pres.: Somos chamados filhos de Deus e realmente o somos, por isso, podemos rezar confiantes:
O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
℟.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
℟.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos.
O povo conclui a oração, aclamando:
℟.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos.
O povo conclui a oração, aclamando:
℟.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
℟.: Amém.
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
℟.: Amém.
O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres.: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
O povo responde:
℟.: O amor de Cristo nos uniu.
Pres.: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
O povo responde:
℟.: O amor de Cristo nos uniu.
Em seguida, se for oportuno, o diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Como filhos e filhas do Deus da paz, saudai-vos com um gesto de comunhão fraterna.
E,
todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz, a
comunhão e a caridade; o sacerdote dá a paz ao diácono e a outros
ministros.
Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio:
Pres.: Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna.
Enquanto isso, canta-se ou recita-se:
℟.: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
℟.: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Essas palavras podem ser repetidas ainda mais vezes, se a fração do pão se prolongar. Contudo, na última vez se diz: dai-nos a paz.
Essas palavras podem ser repetidas ainda mais vezes, se a fração do pão se prolongar. Contudo, na última vez se diz: dai-nos a paz.
Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que, cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao mundo, livrai-me por este vosso santíssimo Corpo e Sangue dos meus pecados e de todo mal; dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós.
Ou:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o vosso Sangue, que vou receber, não se tornem causa de juízo e condenação; mas, por vossa bondade, sejam proteção e remédio para minha vida.
Pres.: Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que, cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao mundo, livrai-me por este vosso santíssimo Corpo e Sangue dos meus pecados e de todo mal; dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós.
Ou:
Pres.: Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o vosso Sangue, que vou receber, não se tornem causa de juízo e condenação; mas, por vossa bondade, sejam proteção e remédio para minha vida.
O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia na mão e, elevando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice, diz em voz alta, voltado para o povo:
Pres.: Felizes os convidados para ó Banquete nupcial do Cordeiro.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
℟.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
℟.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.
O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio:
Pres.: Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.
E reverentemente comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio:
Pres.: Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.
E reverentemente comunga o Sangue de Cristo.
Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles, dizendo:
℣.: O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
℟.: Amém.
E comunga.
O
diácono ou o ministro extraordinário da distribuição da sagrada
Comunhão, ao distribuir a sagrada Comunhão, procede do mesmo modo.
Se houver Comunhão sob as duas espécies, observe-se o rito prescrito.
Quando o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto da Comunhão com uma das seguintes antífonas, com o salmo 127(128) ou outro canto apropriado:
℟.: Minha casa é casa de oração, diz o Senhor;
quem nela pede recebe, quem procura encontra
e a porta se abre àquele que bate.
Ou a antífona:
℟.: Quais rebentos de oliveira são os filhos da Igreja
em torno à mesa do Senhor.
Salmo 127(128)
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem!
A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.
Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida;
para que vejas prosperar Jerusalém
e os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,
que venha a paz ao vosso povo!
Se não for necessário inaugurar a capela do Santíssimo Sacramento, a Missa continua como abaixo.
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Inauguração da capela do Santíssimo Sacramento
A
inauguração da capela, onde se guardará a Santíssima Eucaristia, pode
realizar-se deste modo: depois da comunhão, a âmbula com o Santíssimo
Sacramento permanece sobre o altar. O Bispo dirige-se para sua cadeira e
todos rezam, em silêncio, por algum tempo. Em seguida, o Bispo diz a
oração depois da comunhão.
Pres.: Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração:
Senhor,
nós vos pedimos: pelos sacramentos que recebemos, cresça em nossos
corações a vossa verdade, para que vos adoremos sem cessar no templo
santo e, contemplando a vossa face, nos alegremos com todos os santos.
Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
Terminada
a oração, o Bispo volta ao altar e, de joelhos, incensa o Santíssimo
Sacramento; depois, com o véu umeral, recebe a âmbula com as mãos
cobertas pelo mesmo véu. Organize-se a procissão pela qual, tendo à
frente o cruciferário, e com velas acesas e incenso, se levará o
Santíssimo Sacramento pelo meio da igreja até à capela. Começando a
procissão, canta-se a seguinte antífona, com o salmo 147(147B) ou outro
canto apropriado:
℟.: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!
Pois reforçou com segurança as tuas portas,
e os teus filhos em teu seio abençoou;
a paz em teus limites garantiu
e te dá como alimento a flor do trigo.
Ele envia suas ordens para a terra,
e a palavra que ele diz corre veloz;
ele faz cair a neve como lã
e espalha a geada como cinza.
Como de pão lança as migalhas do granizo,
a seu frio as águas ficam congeladas.
Ele envia sua palavra e as derrete,
sopra o vento e de novo as águas correm.
Anuncia a Jacó sua palavra,
seus preceitos e suas leis a Israel.
Nenhum povo recebeu tanto carinho,
a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Ao
chegar a procissão à capela, o Bispo coloca a âmbula sobre o altar ou
no tabernáculo, deixando a porta aberta, e, pondo incenso, incensa de
joelhos o Santíssimo Sacramento. Por fim, depois de algum tempo de
oração silenciosa por parte de todos, o Diácono guarda a âmbula no
tabernáculo ou fecha a sua porta; um ministro acende a lâmpada que
arderá continuamente diante do Santíssimo Sacramento.
Se
a capela do Santíssimo Sacramento for bem visível aos fiéis, o Bispo
imediatamente dá a bênção final da Missa. Se não o for, a procissão
volta para o presbitério por caminho mais curto, e o Bispo dá a bênção
do altar ou da cadeira.
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Se não houver capela do Santíssimo a ser inaugurada, terminada a comunhão dos fiéis, o Bispo diz:
Depois da comunhão
Pres.: Oremos.
Senhor,
nós vos pedimos: pelos sacramentos que recebemos, cresça em nossos
corações a vossa verdade, para que vos adoremos sem cessar no templo
santo e, contemplando a vossa face, nos alegremos com todos os santos.
Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
RITOS FINAIS
Se necessário, fazem-se breves comunicações ao povo.
Bênção solene
O Bispo, com as mãos estendidas sobre o povo, diz:
Pres.: Deus, o Senhor do céu e da terra, que hoje vos reuniu para a dedicação desta igreja, vos conceda copiosas bênçãos do céu.
℟.: Amém.
Pres.: Deus, que em seu Filho, quis congregar todos os filhos dispersos, faça de vós seu templo e morada do Espírito Santo.
℟.: Amém.
Pres.: E,
assim, na felicidade de serdes purificados, possais ser o templo em que
Deus habita e possuir, com todos os santos, a herança da felicidade
eterna.
℟.: Amém.
E abençoa todo o povo, acrescentando:
Pres.: E a todos vós, que participais desta celebração, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai + e Filho + e Espírito + Santo.
℟.: Amém.
Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
℣.: Ide em paz, e anunciai o Evangelho do Senhor.
O povo responde:
℟.: Graças a Deus.
℣.: Ide em paz, e anunciai o Evangelho do Senhor.
O povo responde:
℟.: Graças a Deus.
Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se. Enquanto isso, canta-se.
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